Objetivo da iniciativa da Emater é ampliar a sustentabilidade ambiental e a renda das propriedades
Produtores da região de Alexandre de Gusmão participaram, nesta terça-feira (22), de uma visita à propriedade do casal Evandro Schappo e Diana Schappo, no Núcleo Rural Córrego do Palha (Região Administrativa do Lago Norte). O passeio fez parte do curso Jardim de Mel, promovido pela Emater com o objetivo de ampliar a renda e a sustentabilidade das propriedades urbanas e rurais.
Com 5 mil m², a chácara é repleta de flores, plantas ornamentais e frutíferas, árvores do cerrado, café, cacau, oferecendo tudo de que as abelhas precisam: néctar, resina, pólen e água. As abelhas da espécie jataí polinizam até 90% das árvores e flores nativas da região e produzem um mel de maior valor agregado que o de abelhas com ferrão, chegando a custar R$ 500 o litro.
Além de a abelha indígena ter maior potencial como agente polinizador das flores que não são polinizadas pelas abelhas com ferrão (Apis mellifera), a espécie não é agressiva, o que facilita seu manejo. A jataí (Tetragonisca angustula) produz um mel com maior umidade, menos denso, com sabor e aroma diferentes.
Na natureza
“Qualquer produtor rural e até a população urbana pode manter colmeias de abelhas sem ferrão em pequenos espaços, até mesmo em varandas”, orienta o extensionista da Emater Carlos Morais. “Elas polinizam as plantas, e ainda há a possibilidade de elevar a renda extraindo mel e outros produtos, como o pólen e própolis.”
Durante o curso, os produtores aprenderam sobre as principais espécies de plantas que chamam a atenção das abelhas. Além da jataí, os produtores puderam conhecer sobre as espécies mandaguari, lambe-olhos e uruçu-amarela.
De acordo com a legislação ambiental, as abelhas sem ferrão não podem ser capturadas na natureza. Da mesma forma, não é recomendado trazer abelhas de outras regiões.