Evento faz parte da Semana da África e foi promovido em parceria da Secretaria de Relações Internacionais com Fecomércio-DF, Sesc e Senac
Brasília ganhou, neste ano, eventos especiais para celebrar o Dia Mundial da África, comemorado no dia 25 de maio. Parceria entre o Governo do Distrito Federal (GDF), por meio da Secretaria de Relações Internacionais (Serinter), com Fecomércio-DF, Sesc e Senac, além de um grupo de embaixadas dos países do continente africano, promoveu, nesta sexta-feira (26), um encontro de negócios com empresários do DF.
O evento ocorreu na Faculdade de Tecnologia e Inovação do Senac, na Asa Sul, e reuniu 11 empresas de diferentes ramos para apresentar produtos e serviços com potencial de exportação. Entre os segmentos estão vestuário, mobiliário, turismo, evento, tecnologia da informação e games.
“Estamos focando na internacionalização dos negócios no Distrito Federal. Esse encontro é o primeiro de muitos que estão por vir”, garantiu o presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, que ressaltou pontos positivos do DF como a proximidade com as embaixadas e a localização central para fortalecer as relações comerciais com os países. “Temos diversidade e qualidade de produtos e serviços, muitos dos quais possuem identidades genuinamente próprias”, completou.
De acordo com o secretário de Relações Internacionais, Paco Britto, Brasília é uma cidade única, repleta de oportunidades para oferecer. “Um verdadeiro hub no coração da América Latina, com um setor produtivo de excelência. Somos uma cidade pronta e capaz para acolher aqui e, claro, capaz de mandar o que produzimos aqui para o mundo, porque o que temos aqui é da mais alta qualidade”, frisou.
O embaixador da Nigéria, Muhammad Ahmad Makarfi, que falou em nome do grupo africano na abertura do evento, fez questão de mostrar os números positivos do continente e o potencial dos 32 países que participaram do encontro. Segundo ele, a África vem crescendo entre 4% e 6% anualmente. “As oportunidades são muito maiores e mais amplas e as projeções mostram uma expectativa de PIB (Produto Interno Bruto) desses países para mais de US$ 29 trilhões até 2050”, destacou.
Valores que animaram empresários e os demais presentes no evento. “Vamos mostrar que, independentemente do tamanho, toda empresa pode e deveria desenvolver a sua responsabilidade social; basta ter vontade, dedicação e comprometimento”, explicou a empresária e conselheira do Senac-DF, Bernardeth Martins, que levou os serviços e produtos do Grupo Cirandinha para o encontro. Além de camisetas customizadas que comercializa em parceria com uma famosa marca internacional, o trabalho envolve projetos sociais que desenvolve junto a artesãs, costureiras e mulheres em situação de vulnerabilidade do DF.
“Nesses dias, teremos a oportunidade de nos conectarmos com 32 países africanos, compartilhando experiências e conhecimentos e estabelecendo laços comerciais e culturais. E com a valiosa chance para empresários mostrarem seus produtos e serviços com potencial de exportação”, garantiu o gerente de representações da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Sérgio Henrique. “O DF tem muitos talentos, uma logística extraordinária e as áreas de turismo e serviço são peças chave para aumentarmos a participação da cidade no número das exportações nacional”, completou o presidente da Apex Brasil, Jorge Viana.
Plantio de mudas
Pela manhã, o secretário Paco Britto se encontrou com os 32 embaixadores no Jardim Botânico de Brasília, onde cada um dos chefes das missões africanas no Brasil plantou uma muda de espécie nativa do continente, em comemoração à data.
“É um momento histórico para nós, 32 embaixadas africanas, plantando árvores. Estamos muito felizes de participar desse movimento. Para nossos países, é prioridade fazer reflorestamento”, disse o embaixador de Camarões, Martin Agbor Mbeng.
Paco lembrou o simbolismo do plantio de árvores e agradeceu os diplomatas pela escolha de Brasília para a ação. “Plantar é um ato de fé, é depositar esperanças. Enxergamos a confiança que a União Africana deposita, nesta atitude, em nossa cidade”, disse. “Brasília é um solo fértil para esse simbolismo e as gerações futuras, quando vierem aqui e verem essas mudas de hoje transformadas em árvores grandes, entenderão o significado desta ação, deste ato de amor ao planeta, à humanidade”, concluiu o secretário.