A Inteligência Artificial (IA) deixou de ser um sonho para se tornar uma realidade cada vez mais presente no cotidiano de pessoas, empresas e organizações. A partir desse mote e pensando nas constantes transformações tecnológicas que desafiam os inúmeros donos de micro e pequenos empreendimentos do Distrito Federal, a Câmara de Dirigentes Lojistas do DF (CDL/DF) promoveu na última terça-feira, em sua sede, no Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), um encontro com os lojistas e falar sobre o impacto da IA no varejo.
O evento contou com apoio do Sebrae no DF e foi desenvolvido como parte integrantes do rol de atividades do projeto “O Futuro do Varejo no DF”, que consiste em um estudo abrangente, conduzido ao longo dos últimos 20 anos, que visa antecipar tendências e delinear cenários futuros para o setor varejista no Distrito Federal.
O presidente da CDL, Wagner Gonçalves da Silveira Junior, reafirmou, na abertura do evento, o compromisso da organização com os lojistas em trazer cada vez mais inovações para o mercado do Distrito Federal e destacou que é preciso ter cada vez mais conhecimento sobre as profissões que existem hoje, pois, daqui a 20 anos, estarão remodeladas e, com isso, surgirão novas profissões.
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Primeiro especialista a se apresentar na programação do evento, Alexandre Ayres, coordenador e sócio da Neocom, destacou o resultado de um estudo iniciado há 20 anos, com o objetivo de antecipar mudanças no setor. “Nós tivemos uma oportunidade de fazer um trabalho profundo sobre essa revolução que o comércio deve ter nos próximos anos, como isso deve acontecer em Brasília. Quais são as características que Brasília tem que a diferem de outras cidades? O que devemos ter de evolução na parte regulatória, na parte de renda, nas políticas públicas e na economia, tanto global quanto nacional?”, questionou ele.
Em seguida, Renato de Castro, especialista em Cidades Inteligentes, reforçou como a tecnologia deve ser apresentada, enfatizando que não se deve falar apenas sobre uma história, mas sim sobre o futuro. Segundo ele, “a maior função que o varejo teve até hoje, em relação à tecnologia, foi aumentar a percepção e a entrega para o consumidor. O varejo precisa entender o consumidor e usar a tecnologia como ferramenta para entregar valor”.
Renato comentou ainda sobre o uso da IA na cidade em que mora, Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. “A Inteligência Artificial é Política Pública. Todo mundo usa; as empresas se adaptam e utilizam a tecnologia para melhorar sua eficiência, aumentar as vendas e otimizar o financiamento. O governo trata a Inteligência Artificial como política pública e não percebe que isso é o futuro”, pontuou.
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Tony Ventura, especialista em tecnologia, conduziu, na sequência, uma palestra associando o uso da Inteligência Artificial para aumentar vendas, na qual destacou a importância de ferramentas para o aumento das vendas no varejo, além de apresentar os principais aplicativos.
“A Inteligência Artificial vai analisar seus dados: quanto você vendeu, quanto de estoque tem, qual foi o preço que você pagou e quem é o fornecedor. E ela vai te informar que decisão tomar. Usando a tecnologia certa, você consegue abrir portas no mundo inteiro, “assegurou Ventura.
A programação do evento foi encerrada com um bate-papo entre os palestrantes. Durante a ocasião, eles foram questionados sobre as particularidades do universo da IA e da transformação digital. O trio ressaltou a relação entre emprego e tecnologia e acrescentou que a educação do país precisa evoluir, visto que a interação com as máquinas e tecnologia molda novos cenários a todo instante.
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