O turismo de aventura tem conquistado cada vez mais espaço em várias regiões do Brasil, e Goiás não fica de fora dessa tendência. Um exemplo disso é o famoso “Caminho de Cora”, um roteiro que abrange cidades como Corumbá de Goiás, Cocalzinho de Goiás, Jaraguá, Pirenópolis, São Francisco, Itaberaí, Itaguari e Cidade de Goiás. Esse trajeto tem atraído muitos turistas, especialmente aqueles que buscam experiências ao ar livre e em contato com a natureza.
O Sebrae é um grande parceiro dessa iniciativa e, por meio do Programa Aventura Natural 5.0, tem apoiado os pequenos negócios que atuam no turismo de aventura. O objetivo desse programa é fortalecer a segurança dos profissionais e dos turistas que se envolvem em atividades como turismo de aventura, ecoturismo e outras práticas ao ar livre. Em todo o Brasil, o Sebrae já tem promovido ações voltadas para a melhoria desse segmento.
Priscila Vilarinho, gestora estadual de Turismo do Sebrae Goiás, destaca que algumas empresas já estão capacitadas para atuar no turismo de aventura no estado. Ela acredita que, com as novas ações programadas para 2025, em parceria com ainda mais empresas, esse número aumentará consideravelmente.
“Com o edital que realizamos em 2024, algumas empresas conseguiram implementar na prática o Sistema de Gestão em Segurança (SGS) para atividades como trilhas, rapel, entre outras. Em 2024, uma das empresas que conseguiu propor o sistema de gestão foi a Pés no Cerrado, em Jaraguá”, exemplifica. Para 2025, segundo a gestora, será feita a certificação das empresas participantes. “Queremos também expandir as atividades do SGS para outros serviços, o que beneficiará empresas, guias turísticos e clientes, ao promover uma gestão mais eficiente”, detalha Priscila.
Segurança no turismo de aventura
Shirlene Álvares, proprietária da Pés no Cerrado, é uma das empresárias certificadas pelo Sebrae para operar no setor de turismo de aventura. Com vasta experiência e certificação para atuar em toda a América do Sul, ela é especialista em caminhadas de longa duração. Shirlene frisa o apoio do Sebrae, especialmente nas iniciativas relacionadas ao Caminho de Cora e à Serra de Jaraguá. “A trilha em Jaraguá é de moderada a difícil, com 18 km de percurso. A Aventura Legal, junto com o Sebrae, a Prefeitura de Jaraguá e o Parque da Serra de Jaraguá, realizaram uma análise de risco para melhorar a qualidade do nosso serviço e garantir a segurança dos turistas”, conta.
Um dos principais objetivos do Sistema de Gestão em Segurança (SGS) é o gerenciamento de riscos, alinhado às normas estabelecidas pela ABNT e exigidas pelo Ministério do Turismo. Essas normas ajudam a minimizar os riscos durante as atividades, o que garante que, em caso de acidente, a empresa esteja preparada para um resgate rápido. A implementação do SGS visa atrair ainda mais turistas para as trilhas de Goiás, o que promove atividades como caminhadas, mountain bike, voos livres de parapente e o conhecimento da fauna e flora local. O Parque da Serra de Jaraguá, por exemplo, tem ganhado destaque no cenário nacional.
Impactos econômicos
O turismo de aventura tem impulsionado a economia local em diversas áreas. O setor hoteleiro se beneficia das hospedagens, e a alimentação, farmácias e vinícolas também se destacam, com a compra de medicamentos, protetores solares e visitas às vinícolas. Museus e igrejas, que são parte da rica cultura goiana, também atraem um número crescente de visitantes. O Caminho de Cora Coralina faz parte da Rede Brasileira de Trilhas de Grande Curso, com um reconhecimento internacional.
A Pés no Cerrado, como operadora do Caminho de Cora, tem recebido turistas de diversos estados, como São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná. “Estamos aprimorando continuamente o nosso produto, não apenas como um esporte de aventura, mas também como uma vivência cultural, gastronômica e até de enoturismo. A riqueza cultural de Goiás, como as Cavalhadas, é uma das atrações que mais chama a atenção dos turistas”, afirma Shirlene.
Os povoados ao longo do Caminho de Cora, como Caxambu, Radiolândia, Vila Aparecida, Auvelândia, Palestina, Calcilândia, São Benedito e o Assentamento do Ferreiro, desempenham um papel fundamental no crescimento do turismo de aventura. Nessas localidades, o Sebrae tem trabalhado com agentes de roteiro turístico para promover qualificações e rodas de conversa, o que ajuda a população a enxergar oportunidades de empreender e oferecer serviços de qualidade. Essas ações têm gerado resultados positivos nos últimos anos.
Perspectivas para 2025
Frederico Alencar (Kiko), consultor do Sebrae desde 2012 e especialista em ecoturismo e turismo de aventura, atua no programa Aventura Legal, que busca adequar o SGS em empresas de Goiás, Maranhão, Amazonas e Tocantins. “A implementação do sistema é um requisito legal da Política Nacional do Turismo, que determina que as empresas de turismo de aventura devem adotar essas normas, com condutores e líderes qualificados. Hoje, o Brasil é uma referência internacional, com mais de 42 normas técnicas, e apenas 21 empresas certificadas no país. Goiás possui três delas, localizadas no Rio Quente Resort”, explica.
A meta para 2025 é certificar mais empresas em Goiás. “Queremos expandir a certificação SGS em Goiás, consolidando o programa Aventura Natural. Em 2025, nossa meta é aumentar esse alcance do programa, unificando recursos com o Agente de Roteiro Turístico (ART) e o Turismo 5.0. Com 17 empresas atendidas e 18 produtos no escopo, o programa já ofereceu 60 horas de consultoria por empresa, visitas técnicas e auditorias”, detalha Kiko.
O trabalho do ART, em parceria com o Aventura Natural e o SGS, marca uma das maiores ações de qualificação no estado de Goiás, com o objetivo de fortalecer o turismo de aventura e garantir a segurança e qualidade dos serviços oferecidos.
Para mais informações acesse: @aventuralegal.oficial , @pesnocerrado e @meuarrobaetrilhar
Site: aventuralegal.com.br
WhatsApp Shirlene Álvares: 62 981061658