Empresários do DF se comprometem a financiar parte de unidade acoplada com cerca de 70 leitos no Hospital Regional de Samambaia
Após reunião com parlamentares distritais e federais para discutir as ações de combate ao coronavírus (Covid-19), o governador Ibaneis Rocha recebeu representantes do setor produtivo para apresentar as soluções e pedir solidariedade do segmento neste momento tão difícil da pandemia. Os empresários se comprometeram a colaborar na construção, junto ao governo local, de uma unidade acoplada ao Hospital Regional de Samambaia (HRSam) com capacidade para cerca de 70 leitos.
“Essa atitude coletiva vai nos ajudar no ambiente de trabalho para que, até o final de março, todas as atividades estejam abertas com segurança”, disse o governador. Ele explicou que o Governo do Distrito Federal (GDF) tem atuado intensamente na expansão do número de leitos para o atendimento de covid-19 e que, com a projeção feita para os próximos dias, será possível flexibilizar as medidas restritivas às atividades.
Também foi explicado aos dirigentes do setor produtivo como será a habilitação de 300 leitos distribuídos em três hospitais de campanha. “Serão 150 leitos de UTI e 150 de enfermaria nas unidades que vão ser construídas no Ginásio Nilson Nelson [Plano Piloto], no Ginásio do Gama e no Sesi de Ceilândia”, detalhou Ibaneis.
“Da semana passada para cá, abrimos 230 leitos de UTI”, contabilizou o governador. “Hoje, estamos abrindo mais 20 leitos e na próxima semana, mais 50. Estamos trabalhando também a abertura de um hospital da Rede Anchieta, em Taguatinga, para acolher mais leitos. São quatro mil metros quadrados, já com tubulações para oxigênio, onde queremos instalar de 200 a 300 leitos imediatamente. A Secretaria de Saúde fará uma vistoria para ver a possibilidade de instalar rapidamente a estrutura”.
Corrente do bem
O GDF, por meio do Banco de Brasília, trabalha para construir o hospital acoplado com capacidade para 63 leitos no Hospital Regional de Samambaia (HRSam) nos moldes do que foi feito no Hospital Regional de Ceilândia (HRC), quando a empresa JBS doou toda a estrutura.
O valor para construção de um modelo igual a esse é de R$ 11 milhões, montante do qual o GDF já arrecadou R$ 7 milhões. “Esse valor é com o hospital pronto e equipado”, pontuou o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa. “As doações podem ser feitas na conta do Supera DF, dentro do Comitê Covid-19 montado pelo governo”. Após a fala do presidente da instituição financeira, os representantes do setor produtivo se comprometeram a fazer doações para que a unidade seja erguida o quanto antes.
“O setor produtivo está unido, e vemos que o primeiro hospital está nascendo aqui”, destacou o empresário Paulo Octávio, ao sinalizar que as associações e sindicatos poderão colaborar para a construção de mais de uma unidade. O presidente da Federação das Indústrias do DF (Fibra-DF), Jamal Bittar, reforça a convicção. “É o momento de a sociedade trabalhar em conjunto”, ressaltou.
da Agência Brasília Foto: Renato Alves/Agência Brasília