O Consórcio Brasil Central (BrC), hoje presidido pelo governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha, e o Banco de Brasília (BRB) trabalham para implementar ações voltadas à preservação e proteção da fauna e da flora nas unidades federativas consorciadas. “O projeto, que nasceu também com o propósito de cumprir as metas da COP26, foi construído por meio de muito diálogo”, explicou o secretário executivo do BrC, José Eduardo Pereira.
A proposta é oferecer linhas de crédito no BRB para financiar economia de baixo carbono no Brasil Central, incentivando as empresas a desenvolverem soluções no setor de energias renováveis, além de observar e evitar operações em locais desmatados ilegalmente ou em áreas de proteção ambiental.
Entre as linhas oferecidas pelo Banco estão: BRB Desenvolvimento – Empresa; BNDES Finame – Baixo Carbono; BNDES Fundo Clima; e Crédito BRB Energia Limpa.
“Queremos oferecer aos estados e municípios soluções inovadoras que aumentem o bem-estar da população e promovam a geração de emprego, renda e o desenvolvimento regional”, afirma o presidente do BRB Paulo Henrique Costa.
O Banco de Brasília atua há mais de cinco décadas na região Centro-Oeste e hoje está presente em mais de 5 mil municípios do país.
A parceria entre o Consórcio Brasil Central e o BRB consolida o objetivo de ambas as instituições de fomentar as cadeias produtivas do agronegócio, da indústria, do comércio, do empreendedorismo, da infraestrutura, do turismo, da cultura, da inovação tecnológica e do meio ambiente da região compreendida pelos estados do BrC.
“O acordo entre o Consórcio Brasil Central e o Banco de Brasília também veio para consolidar a instituição financeira como o Banco de Desenvolvimento da região do Brasil Central, objetivo traçado pelo presidente Ibaneis para potencializar nossos estados com investimento”, declarou José Eduardo.
Linhas de Financiamento Crédito Verde
Entre as linhas de financiamento disponíveis, está o BRB Desenvolvimento – Empresa, para instituições que desejam investir em projetos para geração de energia renovável. O produto conta com capital de giro associado limitado a 30% do valor total financiado, taxa de juros a partir de 0,26% ao mês e prazo de até 15 anos, com carência de até 3 anos. As empresas podem financiar até 100% dos itens subsidiados, limitado a 70% em projetos de implantação ainda em fases iniciais.
Outra linha ofertada é o BNDES Finame – Baixo Carbono, que utiliza recursos do BNDES para a aquisição sistemas de geração de energia solar e eólica, aquecedores solares, ônibus e caminhões elétricos, híbridos e movidos exclusivamente a biocombustível e demais máquinas e equipamentos com maiores índices de eficiência energética. A taxa de juros vinculada ao produto é igual à soma do custo financeiro (TLP), da taxa do BNDES (0,95% ao ano) e da taxa do BRB (até 3,5% ao ano). Até 100% dos itens podem ser financiados, em um prazo de até 10 anos, com carência de até 24 meses.
O banco oferece também a opção BNDES Fundo Clima. Essa linha de crédito é voltada para empresas de todos os portes que desejam investir em soluções para o setor produtivo de energia renovável. Pode ser utilizada para projetos de tecnologia e para projetos de geração e distribuição de energia local.
A taxa de juros para esse produto é o custo financeiro (1,1% a.a.), mais a taxa do BNDES (a partir de 0,9% a.a. para empresas com Receita Operacional Bruta de até R$ 90 mi ou 1,4% a.a. para empresas com ROB acima de R$ 90 mi); e mais a taxa do BRB (até 3% a.a.). O valor mínimo para esse crédito é de R$ 10 milhões, enquanto o máximo é de R$ 80 milhões. O prazo, nesse caso, é de até 16 anos, incluindo o período de carência de até 8 anos.
E, voltado especificamente para o produtor rural, o Banco oferece o Crédito BRB Energia Limpa, que conta com taxas a partir de 4,5% ao ano, para os participantes do Pronaf, e de 7% ao ano para os demais produtores. Voltado à energia fotovoltaica no agronegócio, a linha de crédito oferece condições para financiamento de até 100% do valor; prazo de até 10 anos e carência de até 24 meses, além de poder utilizar CDU/CDRU como garantia.
Brasil Central
A região, que compreende 12% do PIB, tem uma área de 2,5 milhões de km², com sete estados, 875 municípios e aproximadamente 26,2 milhões de pessoas. A autarquia Consórcio Brasil Central foi criada em 2015 com o propósito de elaborar e executar projetos direcionados à promoção do desenvolvimento sustentável e econômico para tornar a região mais competitiva.