Um mutirão de oportunidades. É o que representa o projeto Qualificultura, que até 8 de julho está no Itapoã oferecendo, gratuitamente, cursos de capacitação profissional para jovens e adultos nas áreas de Informática com ênfase em Redes Sociais, Gestão Empreendedora e Inovação Digital e Designer para Web.
Estão disponíveis ao público em geral 300 vagas, sendo 100 para cada especialização. As aulas serão realizadas de manhã e à tarde, em espaços montados dentro da administração da região administrativa. Cada participante vai ganhar um certificado ao final dos cursos.
Um desses participantes é o jovem Adailton Silva, 20 anos, que ganha a vida como cabelereiro e viu a chance de aprender um pouco mais sobre o mundo cibernético se capacitando nas aulas de Gestão Empreendedora e Inovação Digital do Qualificultura.
“Sempre tive vontade de aprender mais sobre informática, porque é um conhecimento que quero usar quando tiver minha própria barbearia”, explica. “Se não tivesse essa iniciativa, dificilmente eu teria como pagar um curso desses, que é bem caro”, avalia.
Para a estudante de arquitetura Yone Trindade, 27 anos, participar do Qualificultura lhe dá oportunidade de ampliar os horizontes. “Acredito que vou poder agregar o que aprender ao meu curso de arquitetura”, diz ela, que está no décimo semestre.
Sopro de esperança
Idealizado pela organização social Associação Luta pela Vida, em parceria com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec), o projeto Qualificultura é voltado aos jovens a partir de 15 anos e a adultos que desejam se profissionalizar na área de produção de eventos culturais com ênfase em economia criativa e inovação.
O objetivo é apoiar alunos que busquem estímulos por meio da convivência em grupos, debates, pesquisas, intercâmbio de informações, entre outras iniciativas de fomento da cultura e economia no DF. Até o momento, ao longo de quatro edições, mais de 550 participantes já foram capacitados em todo o Distrito Federal.
Pai da iniciativa, Kaká Sena destaca que o Qualificultura representa um sopro de esperança para pessoas em situação de vulnerabilidade social em todo o DF. “É uma grande satisfação ser o realizador desse projeto, só de ouvir palavras de agradecimento, o sorriso no rosto das pessoas já vale como recompensa”, comenta. “Trabalhamos com todas as faixas etárias e poder enriquecer os currículos dessas pessoas, preparando-as para o mercado de trabalho. Não tem valor estimado”, diz.
Para o administrador do Itapoã, Marcus Cotrim, apoiar e multiplicar ideias como essa é uma forma de ajudar a aquecer o mercado da economia criativa na cidade. “Não é a primeira vez que abraçamos projetos como esse, inclusive cedendo espaços para a realização dos cursos, como acontece agora”, explica.
“A aceitação das pessoas da nossa comunidade é grande e o impacto na vida delas é enorme, já que é uma forma de ajudá-las a se empregar, a entrar no mercado”, defende.
Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília