Número de ocorrências registradas neste ano foi menor em comparação a 2019 e 2020; GDF investiu mais de R$ 7 milhões na folia e autorizou a saída de mais de 100 blocos
O Carnaval de 2023 chegou ao fim e deixou boas lembranças aos foliões do Distrito Federal. O número de ocorrências criminais caiu 49% neste ano, em comparação a 2019, e 24% em relação a 2020. Mais de 1,5 milhão de pessoas curtiram a folia em algum dos mais de 100 blocos autorizados a circular pelo DF. Os dados foram apresentados em coletiva no Salão Branco do Palácio do Buriti, nesta quarta-feira (22), com a presença da governadora em exercício Celina Leão.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) aponta que, entre os dias 18 e 21 deste mês, foram registradas 404 ocorrências criminais – número que pode aumentar, tendo em vista que algumas vítimas não informam os crimes na data do acontecimento. Em 2019, foram 796 ocorrências e, em 2020, 535.
Celina Leão pontuou que, apesar de casos isolados de violência, o Carnaval de 2023 foi uma festa pacífica. Ela relacionou o resultado com iniciativas das forças de segurança, como a presença do efetivo policial nos blocos, a identificação de crianças em festas infantis e, ainda, a realização da Cidade Policial.
“Tivemos um aumento de foliões, em relação ao Carnaval passado, e o policiamento foi bem executado. A Cidade Policial também atendeu as expectativas, e a eficácia do policiamento”, afirmou Leão. “Foi a primeira vez na história do Distrito Federal que tivemos a Cidade, em que concentramos não só as forças de segurança, mas também a Secretaria de Saúde. Foi um local que funcionou 24 horas, com monitoramento e acompanhamento, evitando problemas mais graves”, completou.
O secretário de Cultura e Economia Criativa, Bartolomeu Rodrigues, ressaltou que a folia deste ano teve como regra a paz e o diálogo. “Tivemos um Carnaval realmente pacífico, de alegria, que voltou depois de dois anos de jejum, e já podemos dizer que Brasília está de novo no roteiro dos grandes carnavais. Não tenho dúvidas de que seremos pontos de referência nacional de um Carnaval em que o folião tem uma sensação de segurança que não tem em nenhum estado”, destacou.
Rodrigues também destacou a comunicação entre governo e entidades culturais. “Dialogamos com todos os blocos e representantes das comunidades. O papel do Estado nesse Carnaval foi todo baseado em transparência. Foi tudo acordado e conversado. Na minha opinião, além de ter sido o Carnaval da paz, foi também o Carnaval do diálogo”, defendeu.
Neste ano, houve a apreensão de 342 celulares subtraídos, 55 armas brancas e uma arma de fogo, além de 17 ocorrências envolvendo entorpecentes, entre outras. Para o secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, o número de objetos perfurantes recolhidos e os casos autuados em flagrante provam a efetividade da atuação policial.
“Importante mostrar o trabalho energético que foi feito não só na apreensão das armas brancas, que poderiam ter sido utilizadas, como a atuação rápida da polícia em prender em flagrante aqueles que desferiram golpes contra os foliões”, frisa Avelar. “A mensagem que queremos passar é que o Carnaval em Brasília é pacífico, da paz, e não vamos admitir que a criminalidade venha manchar a imagem da nossa festa”, acrescentou.
Cerca de 10 mil profissionais de todas as corporações de segurança participaram das operações de fiscalização. A Defesa Civil realizou 44 vistorias. O Corpo de Bombeiros promoveu 113 atendimentos e disponibilizou 136 viaturas para os serviços.
Novos dados
O Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) realizará uma pesquisa sobre o comportamento dos brasilienses durante a folia. A coleta será por telefone a partir do dia 27.