A Câmara Legislativa do Distrito Federal sedia, nesta segunda-feira (4), às 19 horas, a abertura da VI Mostra Competitiva de Cinema Negro Adélia Sampaio. Composto por curtas, médias e longas-metragens, além de telefilmes, dirigidos por mulheres negras de diversas partes do mundo, o evento recebe o nome da cineasta brasileira do Cinema Novo e primeira mulher negra a dirigir um longa-metragem de ficção com circulação comercial no Brasil.
“A Mostra Competitiva de Cinema Negro Adélia Sampaio visa promover o intercâmbio entre realizadoras negras do cinema mundial, destacando e difundindo suas produções audiovisuais”, explica o deputado Fábio Felix (Psol), de quem partiu a iniciativa de trazer a abertura da competição para o auditório da CLDF. “Esta ação reforça o compromisso da Casa com a cultura, a diversidade e o combate ao racismo estrutural”, completa o parlamentar.
Além disso, o distrital avalia que a mostra “dá visibilidade à produção cultural negra, celebrando o papel fundamental das cineastas na construção de narrativas que representam suas realidades, lutas e conquistas, e reafirmam o valor da representatividade no audiovisual, uma área que ainda enfrenta desafios em termos de equidade racial e de gênero”.
Na sessão de abertura serão exibidos os curtas “As Cegas”, dirigido por Antônia Ágape, e “Preciso Falar do Futuro – Além Mar”, de Carine Fiúza. A sexta edição da Mostra Competitiva de Cinema Negro Adélia Sampaio prossegue até o dia 8 de novembro em formato híbrido. A exibição presencial acontece no Anfiteatro 10 da Universidade de Brasília. Para conhecer a programação clique aqui.
Adélia Sampaio
A cineasta Adélia Sampaio, nascida em Belo Horizonte em 1944, é considerada símbolo de coragem e resistência. A sua trajetória tem inspirado novas gerações de cineastas negras. Ela dirigiu “Denúncia Vazia” (1979), “Amor Maldito” (1984) e “Fugindo do Passado” (1987). “O conselho recebido por Adélia de sua mãe — ‘pra cima do medo, coragem!’ — reflete o espírito de ousadia e determinação que esta mostra busca honrar e perpetuar”, observa Fábio Felix.