Levantamento é feito por telefone, mas necessita de mais participação dos moradores
Em meio a um cenário de pandemia e consequentes impactos sobre a economia, o Distrito Federal é a única unidade da Federação que mantém a Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED). O levantamento, que passou a ser feito por telefone desde 13 de abril, vai medir os efeitos dos casos de Covid-19 sobre o mercado de trabalho e a renda dos trabalhadores.
Para que a pesquisa revele um retrato fiel da economia local, a população precisa responder a um questionário em que os pesquisadores não exigem dados pessoais ou bancários dos entrevistados.
O presidente da Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), Jean Lima, lamenta haver certa dificuldade de acesso aos entrevistados. “Nós precisamos atingir um número mínimo para ter uma amostra do cenário, e muitas pessoas não estão atendendo aos pesquisadores. Eu enfatizo que a pesquisa é real, o morador pode tirar dúvidas por meio do telefone deixado na carta e contamos com a ajuda da população”, afirma.
Em abril foram realizadas 346 pesquisas domiciliares, das quais 45 no grupo de alta renda, 199 no grupo de média alta renda, 38 no grupo de média baixa renda e 66 no grupo baixa renda.
Jean Lima reforça que o envolvimento popular precisa ser maior para que um resultado mais consistente seja alcançado. “A amostra é de 2,5 mil domicílios. Para garantir consistência mensal é recomendado conseguir no mínimo 80% desse total”, conclui.
No atual cenário, a Codeplan e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Diesse) adotaram um procedimento para manter o distanciamento social e garantir a segurança dos moradores dos domicílios selecionados – as residências selecionadas para participar da pesquisa receberão uma carta que conterá todas as orientações sobre a melhor maneira de responder ao questionário, além de um telefone para contato. Em seguida o pesquisador entra em contato para realizar a coleta de dados.
Para garantir agilidade e precisão na coleta dos dados, ao entregar as cartas os pesquisadores, sempre que possível, solicitam um número para contato posterior com o entrevistado. A estratégia obteve melhor resultado nos grupos de média e baixa renda.
Fonte: Agência Brasília