O conjunto de políticas adotadas pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), por meio do programa DF Mais Seguro, fez com que o Distrito Federal superasse, ano passado, os recordes históricos de 2019 e 2020, obtendo a menor taxa de homicídios dos últimos 45 anos.
Foram registrados 10 homicídios por grupo de 100 mil habitantes, índice mais baixo desde 1977, que teve 14 homicídios por grupo de 100 mil habitantes. No primeiro mês deste ano, a tendência de queda se manteve. No comparativo com o mesmo mês do ano passado, houve redução de 56,4% no número de vítimas desse crime em todo o DF, o menor em 23 anos para o mês.
“Após três anos recordes de redução de crimes violentos contra a vida, sabemos que os desafios para este ano serão ainda maiores. Mas com a continuidade do ritmo de trabalho e das ações do programa DF Mais Seguro, principal política de segurança pública do Governo do Distrito Federal, vamos trabalhar para manter essa tendência de queda no decorrer do ano. Com o aperfeiçoamento constante dos processos de gestão e do trabalho cada vez mais integrado das forças de segurança, já tivemos resultados positivos e fechamos o mês de janeiro com o menor número de homicídios nas últimas duas décadas”, afirmou o secretário de Segurança Pública do DF, Júlio Danilo.
As tentativas de homicídio também marcaram queda em janeiro. De 60 ocorrências, no ano passado, para 41, em 2022, o que representa 31,7% de redução. Somados, os Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), que englobam, além do homicídio (feminicídio), o latrocínio e a lesão corporal seguida de morte, a redução chega a 53,6%, em comparativo com janeiro do ano passado e deste ano (de 41 para 19 casos), também o menor número em 23 anos.
Isso representa 22 vidas preservadas no período. Foram registrados, ainda, dois latrocínios, que é o roubo seguido de morte, o mesmo que no mesmo mês do ano passado. As tentativas desse crime caíram de 20 para oito no mesmo recorte. Não foi registrada, no mês, lesão corporal seguida de morte.
Proteção da mulher
Em janeiro deste ano houve dois casos desse crime no DF, um a menos que no mesmo período do ano passado. Houve, ainda, redução de 48,5% nos casos de estupro no mês, de 68 casos em janeiro de 2021, para 35 mês passado. O enfrentamento à violência contra a mulher é prioridade para a SSP/DF, que possui um programa específico para estes casos, o Mulher Mais Segura.
Entre as ações do programa, está o Dispositivo de Monitoramento de Pessoas Protegidas (DMPP). Trata-se de um método de acompanhamento pioneiro no país – além do agressor receber a tornozeleira, a vítima também é acompanhada por meio de um dispositivo móvel.
Houve, também, a ampliação dos canais de denúncia e do atendimento às vítimas de violência doméstica: para tanto, foi inaugurada uma nova delegacia da mulher, além da possibilidade de a vítima registrar o boletim de ocorrência de maneira online e, ainda, a plataforma Maria da Penha Online, que permite que a vítima solicite medidas protetivas, entre outros serviços. As delegacias especiais de atendimento à mulher (Deam 1 e 2) da Polícia Civil do DF (PCDF) registraram, durante todo ano passado, 876 flagrantes relacionados à Lei Maria da Penha.
“A Maria da Penha Online surgiu como estratégia de ampliação dos canais para incentivar a denúncia durante a pandemia e ficará como legado para população do DF no enfrentamento à violência doméstica. Em um ano, foram mais de 1,3 mil registros e cerca de 900 solicitações de Medida Protetiva de Urgência pela plataforma”, destacou Danilo.
O Programa de Prevenção Orientada à Violência Doméstica (Provid), da Polícia Militar do DF (PMDF), que possui policiamento especializado para casos de violência doméstica, realizou quase 23 mil visitas familiares em 2021. O trabalho ajuda a prevenir, inibir e interromper o ciclo da violência doméstica.
Em busca de conscientizar cada cidadão sobre o seu papel no combate ao feminicídio e à violência contra a mulher, a SSP-DF possui, ainda, a campanha #MetaaColher. Com o slogan “A melhor arma contra o feminicídio é a colher”, o movimento busca incentivar a denúncia como ferramenta de prevenção a este crime. De março de 2015 a dezembro de 2021, mais de 70% das vítimas de feminicídio não haviam registrado ocorrências anteriores de violência praticadas pelo mesmo autor.
Crimes Contra o Patrimônio
Os seis Crimes Contra o Patrimônio (CCPs), monitorados de forma prioritária pela SSP-DF, marcaram queda de 18,6% mês passado no comparativo com janeiro de 2021. O roubo em comércio obteve a maior redução, de 41,7%, de 103 para 50 ocorrências em todo o DF.
No roubo a transeunte houve 20,9% de redução. Os roubos a residência, de veículo e o furto em veículo caíram 41,6%, 35,2% e 11,6% respectivamente. A queda nesses tipos de crimes representa 472 roubos e furtos a menos no mês, em todo o Distrito Federal.