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sábado, 23 novembro 2024
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Projeto voltado à saúde de idosos é apresentado em fórum na Argentina

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Iniciativa da Defensoria Pública do DF contribui para o processo de envelhecimento saudável, promovendo atividades que favorecem também a educação em direitos

O Projeto RenovAÇÃO – Pessoas Idosas, da Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF), será apresentado nesta quarta-feira (22), em Buenos Aires, na Argentina, no III Foro Mundial de Derechos Humanos 2023. O evento em solo argentino busca aprofundar o diálogo, o diagnóstico de situações sobre os principais avanços e desafios relacionados à promoção e à proteção dos direitos humanos e contará com organizações nacionais, internacionais de direitos humanos, movimentos sociais, organizações da sociedade civil, dentre outras instituições e pessoas interessadas na temática.

A Subsecretaria de Atividade Psicossocial da Defensoria Pública do DF (Suap/DPDF), em parceria com o Grupo de Trabalho Envelhecimento Saudável e Participativo da Universidade de Brasília (Gtesp/UnB) e com o Grupo dos Mais Vividos do Serviço Social do Comércio do DF (GMV/Sesc-DF), desenvolve o Projeto RenovAÇÃO com o objetivo de contribuir para melhorar a qualidade de vida e a prevenção e promoção de saúde mental das pessoas idosas, por meio de atividades interdisciplinares aplicadas por profissionais capacitados e grupos reflexivos e psicoeducativos baseados em ciência, nos direitos humanos, no afeto, na reflexão e na ação entre os envolvidos.

A iniciativa foi criada em 2021, durante a pandemia de covid-19, como explica a subsecretária de Atividade Psicossocial e representante da DPDF no III Foro Mundial de Derechos Humanos 2023, Roberta de Ávila. “A pandemia provocou maior distanciamento social, principalmente entre as pessoas idosas, colocando-as, em muitos casos, em situação de isolamento, inclusive da família. E isso é um fator de risco para o adoecimento desse público, na medida em que fragiliza suas relações sociais”, afirmou.

Roberta de Ávila ressalta, ainda, que “o impacto da ausência de apoio social na velhice pode gerar graves consequências, tais como o sentimento de não pertencimento, a baixa autoestima, o desejo de morte e a falta de acesso às políticas públicas. Nesse sentido, o projeto contribui para o processo de envelhecimento saudável da população com atividades que promovem a valorização do envelhecer e a discussão de questões referentes à longevidade e acesso às políticas públicas, que são aspectos essenciais para garantirmos direitos humanos para as pessoas idosas”.

O Projeto RenovAÇÃO – Pessoas Idosas também gera protagonismo e autonomia a esse público, viabilizando um espaço de inclusão de sentimentos e subjetividades, potencializando novos sentidos e significados sobre gênero e masculinidades, combatendo o ageísmo e fortalecendo as práticas geracionais. A iniciativa também oferece um ambiente de escuta ativa e humanizada para auxiliar os participantes em possíveis denúncias de violência, maus-tratos e/ou negligência.

A subsecretária de Atividade Psicossocial da DPDF também destaca que o projeto é executado por meio de um encontro semanal em grupo num total de dez encontros, com duas horas de duração cada, que podem ser realizados de forma presencial e/ou virtual. “A iniciativa é diretamente influenciada pela psicologia positiva, social e humanista e pela socionomia. Além disso, são utilizadas abordagens teóricas interdisciplinares e inclusivas a partir de uma perspectiva de gênero e raça. Também atuamos conforme a Política Nacional e o Estatuto da Pessoa Idosa, estabelecendo um ambiente com escuta qualificada e com espaço de troca de informações e partilhas”, detalhou.

Uma das participantes da primeira turma do projeto foi Maria Nair Ferreira, 67 anos. Ela conta que só passou a compreender os direitos que tem após a participação no RenovAÇÃO. “Temos muitos direitos e é possível viver em uma sociedade com igualdade para todos”, disse.

Já Zilá Soares Ribeiro, 70 anos, evidencia a importância da iniciativa no cuidado da saúde mental das pessoas idosas. “Temos estatísticas sérias que foram dadas no projeto quanto ao suicídio de idosos, depressão em idosos, a questão do idoso de se sentir útil, procurar fazer alguma coisa, que tudo isso redunda em saúde mental do idoso”, ressaltou.

 

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