No Brasil, 24% da população afirma que perdeu dinheiro em algum crime cibernético, nos últimos 12 meses. Entre os delitos estão clonagem de cartão, fraude na internet ou invasão de contas bancárias. É o que revela uma pesquisa do DataSenado, em parceria com a Nexus — Pesquisa e Inteligência de Dados, da FSB Holding.
O estado de São Paulo se destaca como a unidade da federação com a maior quantidade de casos, chegando 30%. Em seguida aparece Mato Grosso, com uma taxa de 28%. Em terceiro lugar no ranking está Roraima, com 27%.
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O analista do DataSenado, José Henrique Varanda, explica que, de modo geral, não há um perfil específico de quem sofre esse tipo de golpe. No entanto, ele acredita que aqueles com maior tempo de exposição à internet estão mais sujeitos a serem enganados.
“Eu acho que a maior associação tem a ver com áreas urbanas, sobretudo com uma população jovem, bastante usuária dos diversos serviços digitais, como contas bancárias, que fazem uso do comércio eletrônico, de redes sociais, entre outras. Também notamos que as pessoas com idade entre 30 e 40 anos têm maior incidência, pois são pessoas que estão criando os filhos, estão na correria de lidar com dupla ou tripla jornada. Eventualmente, essas pessoas são mais vitimadas”, explica.
Na outra ponta, entre os estados com menores taxas de ocorrências de crime cibernético está o Ceará, com 17%. O Piauí também está entre as unidades da federação com menos casos, com 18%. Sergipe aparece com 19%, mesma taxa do Acre.
Confira o ranking completo entre os estados
- São Paulo (30%)
- Mato Grosso (28%)
- Roraima (27%)
- Distrito Federal (27%)
- Espírito Santo (26%)
- Rio Grande do Sul (26%)
- Amazonas (25%)
- Pará (25%)
- Rio Grande do Norte (25%)
- Minas Gerais (25%)
- Amapá (23%)
- Bahia (23%)
- Rio de Janeiro (23%)
- Paraná (23%)
- Mato Grosso do Sul (23%)
- Paraíba (22%)
- Pernambuco (22%)
- Santa Catarina (22%)
- Goiás (22%)
- Rondônia (21%)
- Maranhão (21%)
- Tocantins (20%)
- Alagoas (20%)
- Acre (19%)
- Sergipe (19%)
- Piauí (18%)
- Ceará (17%)
Faixas etárias
Em relação às faixas etárias, a maior incidência está entre as pessoas com idade entre 16 e 29 anos, com 27%. Trata-se da mesma porcentagem desse grupo na população em geral. Por outro lado, o grupo de pessoas com 60 anos ou mais apresenta taxa de 16% entre as vítimas desse tipo de crime.
A pesquisa – feita entre os dias 5 e 28 de junho – ouviu 21.808 brasileiros de todas as 27 unidades da federação. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro média é de 1,22 ponto porcentual.
Fonte: Brasil 61